Em minha atuação profissional, frequentemente testemunho os desafios e angústias enfrentados por artistas e pessoas que fotografam ao desenvolver seus projetos e utilizar a fotografia como linguagem expressiva. Entre as dificuldades mais comuns estão:

O desconhecimento quanto ao próprio processo criativo;

A dificuldade em reconhecer os pontos fortes e habilidades particulares;

A falta de tempo ou de estímulo para os estudos, a pesquisa e a leitura;

A ausência de espaços de encontro, debate e discussão;

Boas ideias que nunca saem do papel;

Trabalhos não finalizados guardados na gaveta ou no HD;

A falta de ferramentas que permitam a construção processual e continuada de um projeto fotográfico;

A dificuldade em estabelecer um planejamento;

O desafio de gerenciar o tempo necessário para o desenvolvimento do trabalho (muito curto ou muito longo);

A ausência de um espaço seguro para expor dúvidas e incertezas;

O desconhecimento sobre o campo (artístico ou fotográfico) e como se inserir nele;

A dificuldade em aprofundar o trabalho e extrair o melhor do tema;

A dificuldade em se expressar, seja oralmente ou por escrito, sobre o próprio trabalho;

Insegurança para apresentar ou defender o trabalho;

A ausência de acompanhamento especializado que forneça feedbacks sérios e respeitosos;

A frustração.

Reconhecendo esses desafios, e com a vasta experiência adquirida em mais de 16 anos de trabalho com fotografia e arte, tenho o enorme prazer em contribuir para o aprimoramento dos percursos de diferentes pessoas para que descubram como enfrentar e superar suas dificuldades, criei o Fabrico.

A atuação nos campos da arte e da fotografia é geralmente entendida como uma atividade individual, solitária, isolada, mas isso não precisa ser sempre assim. Ter ao seu redor uma comunidade que te apoia, escuta, compreende suas incertezas e desafios, além de contribuir para o seu processo, desenvolvimento e amadurecimento, pode fazer toda a diferença.

Maíra C Gamarra